O ]MOVE[ quer ser um movimento aberto. Porque acredita que é possível outra vida na Escola. Porque vê na Escola um espaço onde nascem e se discutem novas ideias. Porque espera da Escola mais do que uma rotina onde se aprende e ensina. Porque sabe que é possível juntar pessoas para fazer de outras formas. Porque recusa a "inevitabilidade" de uma Escola onde a tecnocracia vence a vida.
Assim começa uma época de exames, com um novo Regime Jurídico para as Instituições do Ensino Superior em discussão. Como sempre em tempo oportuno como nos diz a nossa memória... Por ser um regime que muito quer mudar, e por ser importante começar a pensar no que fazer, o ]movE[ partilha contigo a reflexão interna que tem vindo a fazer sobre este tema e outros que vêm atrás.
Diz a nossa Constituição que o Ensino deve ser tendencialmente gratuito, mas o que vemos é exactamente o contrário. Com Bolonha, que vem reformar o ensino, as propinas também sobem, as empresas entram-nos pela Escola adentro com a desculpa do mecenato e os bancos vêm emprestar a sua boa vontade para acabarmos o curso. Com este RJIES a privatização vem ser confirmada sem o mínimo de vergonha, a malta e a Constituição que se lixem. Nós que nos encontramos no limbo de todo o processo de mudança temos de escolher, e concerteza avisar toda a gente que assim não dá.
Constituição da República Portuguesa Artigo 74.º (Ensino)
2. Na realização da política de ensino incumbe ao Estado:
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino;
No limbo do processo
No limbo. Encontramo-nos naquele ponto em que as conquistas feitas no passado estão à beira de ser esmagadas pela ideologia dominante que quer tornar tudo uma mercadoria, até o conhecimento. E nós vamos ter um papel determinante para apontar o que se passa e fazer para que essas reformas sejam questionadas e paradas se feitas desta forma. Bolonha é andar para trás
"O QUE FAZ FALTA É AVISAR A MALTA", o novo Regime jurídico do Ensino Superior
O novo Regime do Ensino Superior é o passo final para a privatização das Escolas. (...) Este novo regime jurídico foi discutido na última RGA do I.S.A. que decorreu no dia 29 de Maio. A AEISA apresentou uma moção sobre o tão referido Regime, que seria uma opinião dos alunos sobre o assunto. Esta moção via-se, mesmo sem óculos, que vinha de um outro órgão seu superior, uma Académica, que parece pelo escrito dominada por Jotinhas do PS, PSD e PP.
Regime 'Fatídico' para as Instituições do Ensino Superior?
No final de um ano lectivo, quando começam os exames e acabam as aulas, quando os estudantes estudam e têm menor capacidade de mobilização chegam as respostas a algumas perguntas que já vinham a ser anunciadas há algum tempo sob a forma de um novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES).
O Público [é] alvo
A privatização do Ensino Superior é um cefalópode. A coroa de tentáculos está cheia de apêndices não segmentados que a alimentam e tornam possível. O mercado tem vindo a ocupar as Escolas sob variados termos. Já habituados aos patrocínios - e mesmo posse - das semanas académicas, às festas para os estudantes, aos pacotes de viagens para finalistas, à imagem mercantil do estudante trajado... é fácil não estranhar o percurso que daí é feito.
O eterno Desclarecido
Os esclarecimentos começam há um ano atrás. É então início de Primavera e as cabeças começam a borbulhar com tanta incerteza sobre os seus futuros (já dizia Eliot: "Abril é o mês mais cruel de todos os meses"). Ouve-se por aí que <<é urgente>>, não podemos fugir dele nem dos seus efeitos, não podemos atrasar ou adiar o inevitável Processo de Bolonha.
A Escola, os estudantes e a memória
A memória é, portanto, bastante diferente da tradição, da saudade ou da nostalgia. É um instrumento que ajuda a compreender o presente, a saber que existem possibilidades e a construí-las, a excluir erros e a entrever o futuro.
Convidamos-te por fim a deixares o teu comentário e a partilhares connosco a tua opinião.-- ]
]movE[ movimento Aberto por outra vida na Escola
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