terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Pinto Coelho assume que a lista X era do PNR

Depois de os membros da lista X, candidata à direcção da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras nas últimas eleições, terem negado e renegado a sua ligação à extrema-direita, aos skins e ao PNR, José Pinto Coelho fala agora da candidatura à AE de Letras como uma das iniciativas do partido (para além da candidatura à Câmara de Lisboa e da afixação do cartaz xenófobo no Marquês de Pombal):

PNR: 2009 será ano da representação parlamentar - Pinto-Coelho

O presidente do PNR, José Pinto-Coelho, declarou-se hoje convicto de que 2009 será o ano em que o seu partido conseguirá ter representação parlamentar, depois de ter ganho mediatismo nos últimos dois anos.
José Pinto-Coelho falava à agência Lusa, num hotel de Lisboa, no início da terceira Convenção Nacional do PNR, que deverá ser reelegê-lo presidente do partido, cargo a que concorre sem adversários.
«2009 será para nós o ano da representação parlamentar», afirmou, considerando que os quase 10 mil votos - 9374 - obtidos nas últimas legislativas, em 2005, não servem como referência.
Nas eleições legislativas de 2002, as primeiras a que o PNR se apresentou, obteve 4712 votos.
«Nessa altura, 2002, 2005, vivíamos num casulo. Como outros partidos, só existíamos para as eleições e não éramos conhecidos por ninguém por não sermos um partido histórico. Hoje o PNR é mediatizado, as suas propostas são conhecidas», sustentou Pinto-Coelho.
Na sua moção, Pinto-Coelho assinala «a afixação do célebre cartaz no Marquês de Pombal» e as candidaturas à associação de estudantes da Faculdade de Letras de Lisboa e às eleições intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa.
Até 2009, o PNR terá de ultrapassar o obstáculo dos cinco mil militantes exigidos para manter a existência legal e fazer face à «carência grave e profunda no que respeita à organização interna», com a criação de «mais núcleos no país», de uma «rede de núcleos», apontou.
Quanto aos cinco mil militantes, o presidente do PNR confia que «campanha de filiação a custo zero» permitirá alcançar esse número dentro do prazo estabelecido de 90 dias, que se esgota «no princípio de Março».
«Mas jamais levarão qualquer dado dos nossos militantes», advertiu Pinto-Coelho.
Ao mesmo tempo que tenta obter novos filiados, o PNR mantém-se na «plataforma de pequenos partidos» que tenta «que a lei seja revogada ou pelo menos não seja aplicada».
Pinto-Coelho defende que o número de militantes não deve condicionar a existência legal dos partidos e que «nenhum critério deve substituir esse». Para o presidente do PNR, «nem sequer o número de votantes deve ser critério».
«O direito de associação e de criação de partidos políticos está consagrado na Constituição», salientou Pinto-Coelho.
Estavam presentes cerca de 50 pessoas na sala da terceira Convenção Nacional do PNR, quando se aguardava a intervenção do secretário-geral, Pedro Marques, que daria início aos trabalhos.

Diário Digital / Lusa

12-01-2008 17:51:00

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