segunda-feira, 26 de março de 2007

Manifesto

MANIFESTO
por uma escola livre e sem racismo

(A todos os Estudantes, Funcionários e Professores)


A Faculdade de Letras tem um passado de luta pela liberdade, contra
a opressão, a discriminação e a ignorância que não pode ser esquecido.
Desde a luta contra o fascismo em tempos de ditadura ao activo movimento
estudantil por uma escola aberta a todos, a faculdade marcou a sua
presença. Ao longo da História, estudantes, professores e funcionários
manifestaram-se contra as guerras, as desigualdades, o racismo, a
xenofobia, o fechamento e a intolerância, existentes dentro e fora da escola.

A nossa faculdade sempre soube olhar para fora, sempre soube que
através do conhecimento se combatem os preconceitos mais obscuros e
absurdos da nossa sociedade. A Faculdade de Letras é isso mesmo, a
experiência do ensino, do conhecimento e da partilha da diversidade
cultural, expressão da humanidade. É o espaço onde tem lugar o estudo das
várias Línguas, das diversas Culturas, das Artes e das relações que mantêm
entre si, da discussão, da crítica e do pensar, da análise da História, das
pessoas e dos lugares. Aqui conquista-se o espaço para a diversidade e para
um mundo mais justo, livre e consciente.

Não podemos, portanto, assistir passivamente às discriminações
racistas e a tentativas de intimidação de que têm sido alvo estudantes
dentro da faculdade ou a folclóricas mas preocupantes manifestações
neonazis como a que assistimos na passada quinta-feira, dia 15 de Março,
dentro do nosso espaço escolar. Não podemos compactuar com ideais
fascistas e discriminatórios, fechando os olhos às ameaças de violência e ao
mal-estar vivido pelos nossos colegas no dia-a-dia da faculdade. Só a
ignorância, o conformismo, a passividade e o vazio cultural deixam espaço
à intolerância e favorecem a cultura do medo e os novos obscurantismos.

A liberdade de expressão é inconciliável com a discriminação e a
apologia da desigualdade. É por isso que este espaço, que é nosso e é de
todos, foi, tem de ser e será um espaço de liberdade e respeito, desde os
bares aos corredores, passando pelas salas de aula, centros de investigação
e bibliotecas, bem como todos os lugares em que decorre a vida
associativa, departamental e institucional desta faculdade.

Todos nós, que estudamos e trabalhamos aqui e aqui vivemos e
convivemos, mulheres e homens de diferentes idades, nacionalidades e
cores, podemos e devemos tornar a Faculdade de Letras um lugar sem
racismo e sem discriminação, um espaço realmente aberto a todos,
onde todos possam estudar e trabalhar em liberdade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Lá estão eles de novo com a mesma ladaínha de sempre, cá para mim estudaram bem o blá blá enfadonho do cassete Cunhal! eh eh eh Mas vocês é que são os verdadeiros opressores, discriminadores e com tendências ditatoriais, pois só aceitam quem pense da mesma maneira que os vossos ideais impõem! Mas quem são voçês afinal? Não me digam que são os verdadeiros libertadores e os unicos democratas???? Na verdade nunca lutaram pelo ideal da verdadeira democracia, pois para além de terem usurpado o ouro dos bancos e confiscado bens às pessoas, o que vocês comunistas queriam era tornar Portugal numa república comunista! Talvés não se lembrem já do verão quente do P.R.E.C. e dos seus verdadeiros propósitos! Pois, pois, o que nos safa é que já muitas pessoas descobriram quem voçês são e o que pretendem afinal, e não se deixam enganar assim tâo facilmente!