quarta-feira, 30 de maio de 2007

Rescaldo: A polícia protege-nos, mas quem nos protege da polícia?

Este era um dos vídeos preparados para ser apresentado antes da conversa do passado dia 23, infelizmente o DVD encravou. O vídeo tem imagens da manifestação anti-autoritária do 25 de Abril de 2007 e da carga policial no final da mesma.



Tirámos também algumas fotografias:

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Visão da entrada para o Anfiteatro 1, onde passámos os vídeos (um sobre as manifestações em França contra o CPE, e outro sobre a carga policial na manifestação do 25 de Abril). Montámos também uma pequena exposição fotográfica.


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A mesa, composta por Chullage (músico, Associação Cultural Khapaz), Paula Godinho (prof. Antropologia da FCSH/UNL) e Vítor Serrão (prof. História de Arte da FLUL).

A conversa começou com um testemunho dos acontecimentos na manifestação anti-autoritária, seguindo-se de outro testemunho das manifestações contra o CPE em França. Na mesa, a conversa iniciou-se com a Paula Godinho, que desconstruiu a imagem fabricada pelos média depois da carga policial; Vítor Serrão falou da repressão da polícia antes do 25 de Abril de 1974; e o Chullage da violência quotidiana contra os mais marginalizados da sociedade.

Seguiu-se uma hora de discussão com o público.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Debate - O novo regime jurídico para as instituições do ensino superior

Fundações de direito privado?
Estudantes fora dos orgãos de gestão?
Precariedade do corpo docente?

O MUdA (Movimento Universidade Alternativa) organiza uma conversa/debate em torno do novo regime jurídico para as instituições do ensino superior proposto recentemente pelo governo.

QUE FUTURO PARA A UNIVERSIDADE?

Luís Moniz Pereira
Prof. da Faculdade de Ciências e Tecnologia - UNL
Paulo Peixoto
Presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior

segunda-feira
4 de Junho
17h30

Sala 6.2.53
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

-- http://muda.co.nr
muda.fcul@gmail.com

sábado, 19 de maio de 2007

A polícia protege-nos, mas quem nos protege da polícia?

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CONVERSA

com

Chullage

(músico, Associação KHAPAZ)

Paula Godinho

(antropóloga da FCSH)

Vítor Serrão

(prof. de História de Arte da FLUL)

e outros


a carga policial da manif anticapitalista e antifascista de 25/04/07

a repressão das lutas contra o CPE, em França

a intervenção policial nos bairros sociais

os protestos nas faculdades antes da queda do Estado Novo

o "arrastão"

a luta contra as propinas na década de 90

23 de Maio

(quarta-feira)

15h00
na esplanada da Faculdade de Letras

(Metro: Cidade Universitária, linha amarela
Carris: 31, 35, 738, 755, 768
TST: 176)

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Violência nas praxes - comunicado do M.A.T.A.

Universidade de Coimbra: mais violências das praxes!

Começou por ser mais um caso público de praxe violenta. No dia seguinte passou a dois. No primeiro caso, um jovem estudante viu-se “imobilizado por colegas mais velhos e alguns começaram a rapar-lhe os pêlos púbicos com uma lâmina de barbear” do que “resultou o rompimento de parte do escroto do caloiro”, segundo conta um jornal diário. O outro “para além de unhas negras, resultantes de apanhar com uma colher de pau” sofreu cortes no couro cabeludo com uma tesoura enquanto lhe cortavam o cabelo, segundo outro jornal diário regional. Um apresentou queixa ao Conselho de Veteranos (CV), o outro, junto das autoridades policiais.

José Luís Jesus, dotado do “nobre título” dux veteranorum da Universidade de Coimbra, garante-nos que os agressores “estão devidamente identificados”; que ainda “esta semana serão feitas todas as averiguações”; e que caso tenha havido abusos “o CV vai até às últimas consequências”. Além de se fazer passar por uma autoridade para tratar o que as leis normais, iguais para toda a gente, deveriam resolver, este estudante acrescentou ainda, em declarações mais recentes: “já sabemos que é tudo mentira! Se o estudante tem um rompimento no escroto, foi porque fez outra coisa qualquer!” Parece incrível, mas é verdade: as “leis” da praxe são feitas para proteger e fomentar a barbaridade e não precisam de grandes averiguações para “julgar” e tomar as suas “decisões”.

Surge então uma pergunta: Que entidade é esta, o “CV”, e as pessoas que o constituem, os “duces”, que se auto reveste do poder de identificar, averiguar, julgar e condenar situações nas quais não esteve directamente envolvida? O Estado reconhecelhe esse direito?

É inaceitável que se pense que as pessoas que praticam as praxes podem ser as mesmas a fiscalizar os actos por si praticados, e ainda para mais consideradas idóneas. Como se pertencessem a uma instituição à parte, numa proposta de mundo à parte – a Universidade. É exactamente essa proposta de Universidade-fortaleza, fechada ao mundo, que recusamos.

A sociedade vai perdendo a ilusão de que as praxes não passam de um conjunto de brincadeiras menores e que até é normal que tenham instituições próprias que a regulem. Mas se por algum motivo não tivessem acontecido cortes no escroto ou no couro cabeludo, nódoas negras e hematomas, estes casos teriam sido notícia? O CV consideraria aquela praxe admissível?

O Conselho de Veteranos talvez responda sim a esta pergunta alegando, em defesa dos agressores, que o aluno aceitou ser praxado. E novas questões se colocam: em que condições aceitou ser praxado? Foi de livre e espontânea vontade que avançou para a praxe, com o conhecimento prévio do que lhe poderia acontecer? Não foi persuadido sob nenhuma forma, física ou psicológica (e o motivo da integração adapta-se perfeitamente a este tipo de persuasão) para se submeter à vontade dos praxantes? Infelizmente, sabemos que a coragem de não aceitar e denunciar estas violências é quase sempre “premiada” com o abandono e a hostilização das vítimas e a cumplicidade com os agressores: o passado recente mostra-nos que os responsáveis pelas escolas e pelo ministério são os primeiros a contribuir para o clima do medo e da impunidade.

O Movimento Anti “Tradição Académica” não aceita esses poderes obscuros e sem qualquer legitimidade e considera que estes casos não são acontecimentos isolados mas que acontecem devido à própria natureza da praxe. Condenamos as violências inerentes às praxes quer se tornem em casos públicos ou não. Apelamos aos estudantes que rejeitem qualquer forma de praxe, bem como todas as imposições e os poderes absurdos de estudantes sobre estudantes disfarçadas de brincadeiras e "tradição". A lei da praxe não vale nada, nem pode sobrepor-se às leis do país e ao convívio entre estudantes sem imposições, sem chefes e sem violências.

Por último, mantemos a expectativa de que o Sr. Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Prof. Mariano Gago, mantenha o perfil de indignação que já demonstrou relativamente a situações semelhantes, esperando ainda pelo momento em que verdadeiramente coloque na agenda a reflexão e acção sobre este tema. Para ele, como para toda a comunidade escolar e sociedade em geral, desistir e abreviar responsabilidades seria uma atitude inaceitável. Esperemos que, à semelhança do que aconteceu noutros casos como o de Ana Sofia Damião, não seja a própria instituição escolar a querer ocultar o que se passou para manter o bom nome da casa.

16.Maio.07
M.A.T.A. – movimento anti “tradição académica”

MISTA: Quebrar com a rotina, construir uma Escola



"Quebrar com a rotina, construir uma Escola"


Vivemos numa Escola onde, cada vez mais, a formação é apenas académica. Os Núcleos, os Grupos, as Secções Autónomas e a própria Associação de Estudantes estão cada vez mais desertos de pessoas, de iniciativas e de dinamismo. É urgente (re)pensar o porquê desta situação. Partilhar experiências, dificuldades e ideias e, sobretudo, reflectir sobre as razões por detrás do pouco interesse e da pouca adesão dos estudantes. E é também importante criar laços, parcerias, pôr os vários grupos a falar entre si, a conjugar esforços e a partilhar ideias sobre como pensar e fazer actividades.

É neste sentido que o MISTA – Movimento IST Alternativo está a organizar um Encontro, no dia 26 de Maio, entre as 15h e as 18h30, na sala P12, cujo mote é "Quebrar com a rotina, construir uma Escola". Para esta conversa estamos a convidar todos os grupos que promovem iniciativas junto dos estudantes, bem como toda a comunidade escolar e todas as pessoas interessadas no tema.

Todas as ideias e opiniões contam! Mesmo que só possam estar presentes em parte do Encontro não deixem de o fazer. Contamos convosco, apelamos à divulgação desta iniciativa e esperamos que nele nasçam bastantes ideias para o Futuro.


Programa:

15h: "Quebrar com a rotina"
O porquê da falta de iniciativas e de espaços de discussão.

16h30: Lanche

17h: "Construir uma Escola"
Ideias para o futuro, novas abordagens e novos caminhos.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Propinas a €700?!

€700?

Quanto é que tu queres pagar por estudares em Letras?

Actualmente os alunos do 1º ciclo da FLUL pagam €570 de propinas. O Conselho Directivo quer aumentar esse valor, ameaçando-nos de que ou aceitamos um aumento de €80, ou levamos com um aumento de €130 à força. Em troca, a Faculdade vai continuar com as mesmas condições, menos alunos, menos professores, menos disciplinas, menos cursos livres. Mas o Conselho Directivo e o governo ficam satisfeitos.


Manifesta-te com os teus colegas no dia 14 de Maio, 2ª feira, às 10:30h, frente ao Conselho Directivo durante a reunião sobre as propinas.


[versão em JPG]

Propinas a €700?

Abaixo-assinado


Os estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa vêm por este meio expressar a sua indignação em relação à proposta do Conselho Directivo de aumento do valor das propinas para 700 euros no próximo ano lectivo de 2007/2008.

A política deste governo, que tende a uma progressiva privatização do Ensino Superior, é, do nosso ponto de vista e à luz da Constituição da República Portuguesa, inaceitável. Os sucessivos cortes orçamentais – 14% no último orçamento de estado – são o sinal mais evidente da desresponsabilização do estado face àquilo que são os seus deveres fundamentais, nomeadamente assegurar uma Educação Pública gratuita e verdadeiramente acessível a todos.

A atitude do Conselho Directivo que, ao invés de responsabilizar quem é verdadeiramente responsável, pedindo contas ao governo pelo desinvestimento de que a faculdade tem sido vítima, responsabiliza os estudantes, optando pela solução mais óbvia - o aumento das propinas.

Como se isto não bastasse, tenta ainda obter o apoio dos estudantes, dizendo que, se estes aceitarem o aumento das propinas, elas subirão apenas para 650 euros, recorrendo assim a uma clara chantagem na tentativa de impedir a reivindicação por parte dos estudantes daquilo que é um direito fundamental – o acesso à educação – e de mostrar à opinião pública um falso consenso na aceitação das propinas como algo inevitável.

Face a esta situação, os estudantes declaram recusar liminarmente qualquer aumento das propinas e exigem do Conselho Directivo uma tomada de posição face à política governamental na defesa da Faculdade e dos interesses dos estudantes.

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Amanhã este abaixo-assinado estará a circular pela Faculdade.

[esta não é uma actividade organizada pelo Grupo Manifesto, mas de vários alunos da FLUL]

sexta-feira, 4 de maio de 2007

quarta-feira, 2 de maio de 2007

terça-feira, 1 de maio de 2007

O 25 de Abril passou por aqui

Nos passados dias 24 e 27 de Abril, terça e sexta-feira, o grupo Manifesto decidiu relembrar o 25 de Abril, espalhando poemas pelas paredes da Faculdade, de autores como Bertolt Brecht, Sophia de Mello Breyner, Mário Dionísio, Heiner Müller, António Gedeão, Joaquim Pessoa, A. Pedro Ribeiro, Boris Vian, Ievgueni Ievtuchenko, Caetano Veloso, Maria Teresa Horta.

Projectámos também na parede do corredor do 1º piso: As armas e o povo (Sindicato dos Trabalhadores da Produção de Cinema e Televisão, 1975), Outro país (Sérgio Tréfaut, 1999), Torre Bela (Thomas Harlan, 1977), A noite saíu à rua (Abi Feijó, 1987), O cravo da liberdade (Crianças de 11 e 13 anos da Escola das Taipas, 1996).

No local, houve espaço para instalações de alunos de outras faculdades e para afixar um pedaço de papel de cenário onde todos pudessem deixar o seu manifesto.

Muitos por lá passaram...